Internacional
Passatempo de Elon Musk é adormecer ouvindo podcasts sobre o fim da civilização
Ouvir Elon Musk falar pode ser desanimador. Em sua visão, a civilização humana é como uma pequena vela tremulante cercada por uma vasta escuridão que, até o momento, sequer conseguiu construir uma colônia em Marte. Ele rumina constantemente a respeito da forte queda nas taxas de natalidade, chegando até mesmo a alertar que estão aumentando as chances de eclodir uma Terceira Guerra Mundial entre Oriente e Ocidente. Talvez, agora, possamos entender o motivo.
Durante uma conversa com Michael Milken, o fundador da SpaceX e CEO da Tesla (TSLA) discutiu extensivamente a singularidade da existência humana em um universo de 13,8 bilhões de anos que carece de qualquer evidência de vida em outros mundos.
Quando questionado sobre o que o mantinha acordado à noite, Musk expressou o temor de que tudo estaria perdido caso ocorresse um cataclismo antes de a humanidade conseguir se espalhar para os sistemas estelares vizinhos.
“Eu ouço podcasts sobre o declínio das civilizações para dormir, e isso pode ser parte do problema”, refletiu o autoproclamado fã de história, logo depois de encorajar todos na plateia a saírem e procriarem pelo menos três vezes. “Em algum momento, queremos transformar a ficção científica em realidade.”
Quando você é um dos três homens mais ricos do mundo, alguém que redefiniu totalmente a indústria automobilística, construiu o maior negócio espacial comercial do zero e hoje é dono de uma das empresas de mídia social mais influentes do mundo, poucos irão culpá-lo por pensar sobre o futuro da humanidade.
De fato, a estratégia da entrevista de Milken não foi questionar se seria legítimo demitir potencialmente dezenas de milhares de colaboradores da Tesla para cortar gastos e, em seguida, pedir aos acionistas que restaurassem seu pacote salarial de US$ 55 bilhões que havia sido anulado, valor esse superior ao que a empresa jamais gerou para eles em lucros.
Em vez disso, o ex-criminoso de colarinho branco convertido em filantropo e perdoado por Trump deixou Elon falar sobre Elon, para que todos os presentes pudessem testemunhar.
Com o empresário sentindo-se bem à vontade, a conversa girou em torno de todos os seus tópicos favoritos, como a importância da meritocracia e o quão sufocante e repressiva se tornou a burocracia governamental da Califórnia (o defensor da liberdade de expressão postou recentemente como estava “honrado” por conhecer a segunda mais alta autoridade da China em plataforma proibida no país).
No entanto, Musk expressou preocupação com o fato de as pessoas não terem motivos suficientes para se levantarem de manhã.
Embora para muitos religião possa ser uma motivação, para ele é um dia morrer em Marte – e não com o impacto, como ele brinca. “Tornar-se uma civilização espacial é uma dessas motivações”, disse. “Em algum momento, queremos transformar a ficção científica em realidade.”
Internacional
“CDBs americanos” entregam mais de 5% em dólar; quanto R$ 10 mil rendem?
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ainda não iniciou o processo de redução das taxas de juros no país. Por causa disso, ainda é possível encontrar certificados de depósitos (CDs, na sigla em inglês) – equivalentes aos CDBs no Brasil – com rendimentos superiores a 5% ao ano em dólar.
Levantamento da Bankrate, empresa de serviços financeiros baseada em Nova York, mostra que há pelo menos 5 “CDBs americanos” que pagam acima dessa taxa. O período de resgate varia entre três e 18 meses, e há retornos atrativos tanto no curto como no longo prazo.
O título CIBC Bank USA oferece a maior taxa, de 5,36%, com um prazo de um ano. Em um investimento como esse, segundo cálculos de Rafael Siqueira, gestor e sócio da L2 Capital, uma aplicação de R$ 10 mil renderia R$ 236, já descontadas taxas e impostos, como o Imposto de Renda.
Em um certificado do Bask Bank, que paga 5,35% ao ano de retorno, o mesmo valor investido geraria lucro de R$ 235,20 (considerando o reinvestimento no mesmo papel em seis meses, com a mesma taxa).
Vale investir em CDBs americanos?
Dolarizar o patrimônio por meio de CDBs americanos pode ser uma estratégia interessante para investidores que buscam resguardar seus ativos da desvalorização da moeda local e da inflação, explica Siqueira.
“Os EUA oferecem uma economia robusta e estável, com o dólar sendo uma moeda de reserva mundial, lhe conferindo maior segurança e estabilidade. Investir em CDs nos EUA permite diversificar o portfólio, reduzindo a exposição ao risco econômico de uma única região ou moeda”.
Por outro lado, segundo o especialista, essa estratégia também tem algumas desvantagens. “O risco cambial é significativo e as implicações fiscais também devem ser consideradas, pois os rendimentos podem estar sujeitos à tributação tanto nos EUA quanto no país de residência do investidor”.
A tributação dos CDs é de 15% sobre rendimentos auferidos no exterior. Além disso, há custos de transação, como conversões de moeda e transferências internacionais, que podem reduzir os rendimentos líquidos do investidor.
CDBs americanos são seguros? Como investir?
Os CDBs americanos são protegidos pelo Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), um organismo similar ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) no Brasil. Conforme a legislação americana, esses produtos financeiros têm garantia de até US$ 250 mil.
Há dois principais caminhos para investir em CDBs. O primeiro é por meio de um banco ou corretora local que invista no exterior. A principal vantagem dessa opção é que os custos das operações são automaticamente convertidos e debitados em reais.
A segunda possibilidade é via conta em uma corretora americana. O processo de abertura é um pouco mais demorado e complexo e as transações são feitas em dólar, porém o investidor consegue acessar diretamente os títulos.
FONTE: INFOMONEY
Internacional
Trump se autodenomina “um campeão das criptomoedas” em evento nos EUA
O candidato presidencial norte-americano e ex-presidente Donald Trump afirmou ser um “campeão das criptomoedas” e criticou, durante evento de arrecadação em San Francisco, na quinta-feira (6), a tentativa dos rivais do Partido Democrata de regular o setor, disseram à Reuters três fontes que estavam presentes.
Trump levantou 12 milhões de dólares no evento organizado pelos empresários David Sacks e Chamath Palihapitiya, na residência do primeiro, no elegante bairro de Pacific Heights.
“Ele falou que seria o criptopresidente”, afirmou à Reuters Trevor Traina, um executivo do setor de tecnologia de San Francisco e ex-embaixador de Trump na Áustria.
A indústria das criptomoedas busca cada vez mais influenciar políticos norte-americanos, no momento em que sofre maior escrutínio por órgãos reguladores, especialmente depois da falência de importantes empresas do setor em 2022, algo que assustou investidores, expôs fraudes e má conduta e deixou milhões de pessoas no prejuízo.
Trump afirmou que as criptomoedas são importantes e salientou que apoia muito o setor, disse Harmeet Dhillon, membro do Comitê Nacional Republicano. Dhillon afirmou que Trump, que enfrentará o atual presidente, Joe Biden, na eleição de 5 de novembro, não deu detalhes sobre suas ideias para o setor.
Biden assinou um decreto em 2022 com o objetivo de assegurar o desenvolvimento responsável de ativos digitais, o que culminou em relatórios que exortavam reguladores como a SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities a estabelecer regras para lidar com os riscos do sistema de criptomoedas.
A Casa Branca de Biden também disse estar disposta a trabalhar com o Congresso para desenvolver uma estrutura regulatória para as criptomoedas. Em comunicado enviado à Reuters, o porta-voz da Casa Branca, Robyn Patterson, afirmou que o governo Biden apoia a inovação nos ativos digitais, ao mesmo tempo em que quer proteger os consumidores de “riscos associados a novas tecnologias”.
Embora San Francisco seja fortemente progressista, um crescente número de investidores locais dizem apoiar Trump, muitos deles citando a excessiva regulação entre as razões para tal.
“O presidente Trump deixou claro que a cruzada Biden-Gensler contra as criptomoedas chegará ao fim uma hora após o início do segundo governo Trump”, disse Jacob Helberg, conselheiro da provedora de análise de dados Palantir, referindo-se ao presidente da SEC, Gary Gensler.
Executivos da Coinbase, os gêmeos investidores em criptomoedas Tyler e Cameron Winklevoss e outros líderes do setor participaram do encontro na quinta-feira, afirmou Dhillon.
FONTE: REUTERS