Polo Industrial
Elekeiroz recebe certificação ISO 9001 para sua planta de gases no Polo de Camaçari
A Elekeiroz acaba de receber a certificação ISO 9001 para o processo de produção de hidrogênio na Planta de Gases no Polo de Camaçari. A empresa, que também produz oxo-alcoois e plastificante DOTP na fábrica baiana, já é certificada com a ISO 9001 desde 2000 e, por isso, não houve investimento adicional para incluir a certificação recebida no mês passado. “Através da auditoria, tivemos a oportunidade de demonstrar que o nosso Sistema de Gestão de Qualidade está devidamente incorporado ao processo de produção de gases, da mesma forma como nos outros processos produtivos da Elekeiroz”, afirma André Brunelli, responsável pela área de Qualidade, Auditoria e Certificações.
Segundo Brunelli, além da certificação ISO 9001, a empresa também tem certificação Halal para a produção de ácido sulfúrico 98% e de enxofre refinado, “e estamos nos preparando para obter a certificação do Programa Atuação Responsável da Abiquim”. Ele conta que o processo de auditoria para a conquista da ISO 9001 para a Planta de Gases “envolveu desde os operadores até a liderança da produção, o que demonstra o comprometimento e a maturidade do Sistema de Gestão”.
Presente na Planta de Gases da Elekeiroz desde a partida da planta em 1997, o técnico Operacional Roberto Ferrer conta que “foi um desafio nos preparar para a certificação. A Planta de Gases é bem organizada em termos de documentação e procedimentos, porém, devido ao fato de ter vindo de uma companhia multinacional, os documentos estavam em inglês e tivemos que realizar ajustes nas instruções de trabalho. Começamos pelos procedimentos mais relevantes. Criamos uma lista de instrumentos críticos de qualidade em relação à integridade e confiabilidade do processo e, também, em relação às especificações dos clientes e satisfação. Sabemos que não adianta ter instruções de trabalho bem elaboradas sem uma matriz de treinamento para que os operadores coloquem aquilo na prática. Por isso, todo o time de operação da Planta foi envolvido.”
Roberto Ferrer ressalta que “por sermos uma planta petroquímica, com alto risco, a Segurança de Processos está sempre junto com o time operacional. Cada mudança de procedimento gera impactos. Hoje todas as pessoas envolvidas – grupos de operação, coordenação – já entendem melhor o caminho para que nada fique solto: treinamento, registro de mudanças e procedimentos. A qualidade não é só documentação para mostrar que está tudo certo. Ela ajuda as pessoas a incorporar o conhecimento e sincronizar os trabalhos”.
Elekeiroz no Polo de Camaçari
A Elekeiroz, mais longeva indústria química do Brasil e parte do Grupo OCQ, é a única empresa da América do Sul a fabricar, de forma integrada, intermediários químicos, plastificantes e resinas termofixas. Os oxo-álcoois da fábrica do Polo de Camaçari são destinados à produção de plastificantes que são utilizados em produtos de diversos segmentos, como o de construção civil, automotivo, naval, tecnologia, vestuário, brinquedos, tintas, vernizes, beleza e cuidados pessoais. Já o DOTP (Dioctil Tereftalato), plastificante para PVC livre de ftalatos, que confere flexibilidade aos produtos, é destinado principalmente para os mercados de calçados, lonas, laminados e sintéticos.
Com um total de 194 empregados, a Elekeiroz no Polo de Camaçari também investe nas ações de responsabilidade social junto às comunidades vizinhas. O total de R$2,2 milhões investidos pela empresa em projetos sociais em 2023 impactaram mais de 6 mil pessoas, sendo mais de 2,5 mil em Camaçari e cidades vizinhas. Para este ano, já está confirmada a realização do segundo ciclo do Projeto Bumerangue, com o objetivo de levar conhecimentos químicos aplicados a escolas públicas vizinhas às suas operações.
FONTE: COFIC POLO
Polo Industrial
BYD Camaçari envia primeira turma de brasileiros para formação na China
As obras de implantação da fábrica da BYD no Polo de Camaçari começaram em março e a companhia já conta com quase 500 pessoas (entre funcionários e terceirizados) trabalhando na unidade, sendo a maioria formada por baianos. A previsão é gerar 10 mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos, quando a fábrica estiver em pleno funcionamento. Atualmente, a BYD está com quase 100 vagas abertas para diversos cargos e acaba de enviar a primeira turma de profissionais brasileiros para intercâmbio de formação na China.
A equipe com 14 profissionais é formada por 12 baianos, um piauiense e um paulista. Os especialistas, engenheiros e líderes das áreas de qualidade, processos, planejamento, logística e armazenamento vão passar três meses de intercâmbio na China para conhecer o funcionamento da cadeia de produção de automóveis na matriz da BYD. Todos foram contratados no começo do ano para a unidade de Camaçari, onde está sendo construída a maior fábrica da BYD fora da Ásia.
“Os treinamentos vão possibilitar a troca de conhecimento entre equipes e processos. Vamos construir aqui na Bahia o que há de mais moderno em tecnologia automotiva, tendo a nossa matriz na China como espelho. Temos hoje colaboradores chineses aprendendo aqui com a gente e agora chegou a vez dos brasileiros irem pra China conhecer a fundo como os projetos nascem e são desenvolvidos por lá. Vamos transformar a Bahia num hub de exportação e temos muito trabalho pela frente”, afirma Alexandre Barbosa, diretor técnico da BYD Auto Camaçari.
Na equipe de intercâmbio está a engenheira de Qualidade Sheina Tura, natural de Irecê, no centro-norte baiano. A profissional tem uma larga experiência em processos de qualidade de fabricação de automóveis e, na BYD Auto Camaçari, será uma das responsáveis pela análise de diagnóstico das peças que compõem o carro para prevenir problemas ou gerar ações corretivas, quando necessárias. “Conhecer o produto BYD num alto nível de detalhe vai ajudar a entender o processo e chegar na raiz de um possível problema, antes mesmo que ele aconteça”, diz ela.
A BYD informa que, durante todo o processo de implantação da fábrica, “outras turmas serão enviadas para intercâmbio na China com o objetivo de aprender sobre alta tecnologia, mas também ensinar sobre o jeito brasileiro de fazer carro. É uma troca de conhecimento enriquecedora para o mercado automotivo do Brasil, e em especial, da Bahia”.
VAGAS ABERTAS
Paralelamente ao intercâmbio, o processo de contratação continua. Atualmente, existem quase 100 vagas abertas na BYD Auto Camaçari para diversos cargos, como Analista de embalagens, Analista de operações, Engenheiro de processos, Engenheiro mecânico, Tradutor mandarim – português, Técnico em automação industrial, Técnico em mecânica e Técnico em soldagem. A lista completa está na página da BYD na Internet: https://bydbrasil.gupy.io/
O complexo BYD Auto no Polo de Camaçari possui uma área total de 4,6 milhões de metros quadrados. Na primeira fase de obras, serão 26 novas instalações entre galpões de produção, pista de testes e outras estruturas. O investimento previsto passou de 3 bilhões para 5,5 bilhões, 83% a mais do que anunciado inicialmente. Até o fim deste ano, os primeiros veículos da BYD começarão a ser montados no complexo. A produção completa dos carros na Bahia deve começar em 2025 e terá capacidade instalada de 150 mil veículos por ano na primeira fase de implantação, podendo chegar a 300 mil veículos numa segunda etapa. Com essa iniciativa, a BYD anuncia que “se consolida cada vez mais no país e reforça o compromisso com a indústria automotiva, o meio-ambiente e o desenvolvimento de novas tecnologias que trarão Camaçari de volta aos competitivos mercados automotivos nacional e internacional”.
FONTE: COFIC
Polo Industrial
Maior BYD do mundo: conhecemos o navio gigante que transporta 7 mil carros
Explorer 1 tem 200 metros de comprimento e levou 27 dias para vir da China até o porto de Suape (PE).
Um novo carregamento de carros da BYD acaba de chegar ao Brasil. Até aí, isso não é novidade, nem notícia. A diferença é que o lote de 5.459 unidades veio da China em um navio da própria empresa. O Explorer 1 foi apresentado em janeiro e é só a primeira de oito embarcações que a empresa vai usar para transportar seus veículos para fora da Ásia.
Dos quase 5,5 mil veículos a bordo, estão Dolphin Mini, Seal e os inéditos Song Pro e King, que chegam ao Brasil nos próximos meses. De acordo com a administração do porto de Suape (PE), essa é a maior operação de chegada de veículos de uma só vez na história do local, inaugurado há 41 anos.
Navios ro-ro são aqueles em que a carga entra e sai rodando — Foto: André Paixão/Autoesporte
Esse, de longe, é o maior BYD do mundo. São 199,9 metros de comprimento, o equivalente a mais de 50 Dolphin Mini enfileirados. A embarcação é do tipo Ro-Ro, sigla em inglês para roll on, roll off — “rolar para dentro, rolar para fora, na tradução livre”. Isso significa que a carga entra e sai usando as próprias rodas.
Na prática, estamos falando de um gigantesco estacionamento flutuante que viaja pelo mundo. No caso da travessia entre o porto de Lianyungang, no norte da China, e Suape, foram 27 dias e uma parada em Singapura. E apesar de ser chinês, o navio viaja com a bandeira da Libéria. O capitão é o búlgaro Nenko Nenkov, que comanda, além do gigantesco navio, uma equipe composta de 23 tripulantes.
Outra curiosidade é que, ao contrário dos outros navios que chegam com carros da BYD, o Explorer 1 é tão grande (são 38 metros de largura) que não consegue atracar nos outros dois portos que a marca chinesa usa para desembarcar seus veículos no Brasil, Vila Velha (ES) e Itapoá (SC).
O Explorer 1 é movido a GNL (gás natural liquefeito). Segundo a BYD, o combustível reduz as emissões de enxofre e óxido de nitrogênio. “Na navegação, nada muda. Só os engenheiros a bordo que percebem a diferença. Não há tanques visíveis. E para acessar o compartimento [tanque de combustível], é preciso remover todos os materiais magnéticos e eletrônicos”, completou Nenkov.
Como os carros são transportados
A maior vantagem dos navios do tipo Ro-Ro é a grande capacidade e a facilidade para embarque e desembarque das cargas. No caso do Explorer 1, são necessários, em média, dois dias para carregar e outros dois dias e meio para descarregar os veículos. Na operação em Suape, a cada hora, 120 carros são retirados por um time de cerca de 50 motoristas.
São 12 deques e cada um deles opera como um grande estacionamento. A capacidade total do navio é de 7 mil veículos, considerando modelos de pequeno porte. Como a remessa da BYD para o Brasil também tem veículos médios, o número total cai.
Para aproveitar ao máximo o espaço, cada carro é estacionado a poucos centímetros um do outro. Em alguns casos, sequer é possível passar entre eles. Para evitar movimentações indesejadas ao longo da viagem, as rodas são presas com cintas fixadas em buracos no chão. Mas e as chaves? Seguem dentro dos carros, que ficam destrancados.
Um dos possíveis problemas de usar um navio Ro-Ro para o transporte de veículos é a dificuldade de enchê-lo de novas mercadorias para a viagem de retorno, o que ajuda a otimizar os custos de cada traslado. No caso do Explorer 1, a volta para a China será feita com ele vazio.
“É mais complexo conseguir cargas para a volta porque ele tem uma configuração única dos deques. A carga não pode ser tão alta, por exemplo”, comentou Leonardo Felippe, gerente de logística da BYD. Segundo Nenkov, o retorno será de dois a três dias mais rápido, exatamente pela ausência de carga.
Navio BYD Explorer 1 é o primeiro comprado pela marca chinesa para transportar carros — Foto: Divulgação
Ainda não há previsão de uma nova viagem do Explorer 1 ao Brasil. Porém, considerando que o país já é um dos maiores mercados da BYD fora da China, é possível que isso aconteça já nos próximos meses.
Auto Esporte
Por André Paixão
01/06/2024 07h31