Polo Industrial
Basf Camaçari é destaque na América do Sul por certificação em sustentabilidade
O Complexo Acrílico da Basf no Polo de Camaçari tornou-se a primeira unidade de produção da empresa na América do Sul a obter a Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono (ISCC Plus) para a produção de produtos com balanço de biomassa ou com o selo Ccycled®, utilizando matérias-primas sustentáveis. Estes produtos oferecem o mesmo desempenho e qualidade dos produtos convencionais, com o benefício adicional de ter uma menor pegada de carbono e contribuir para a reciclagem de resíduos. Na planta baiana são produzidos Ácido Acrílico, Acrilato de Butila e Polímero Superabsorvente (SAP), insumos utilizados em diversas indústrias, como adesivos, construção civil, higiene e produtos de pintura.
“Agregar matérias-primas sustentáveis ao nosso processo produtivo possibilita a transformação progressiva da sustentabilidade nas diferentes cadeias de valor da química, contribuindo assim com o Polo de Inovação do Estado da Bahia”, afirma Tânia Oberding, diretora Industrial do Complexo Acrílico da Basf no Polo de Camaçari.
Segundo a diretora, a abordagem de balanço de massa considera as matérias-primas recicladas ou renováveis como alternativas aos recursos fósseis no início da sua cadeia de valor. O órgão certificador realiza auditorias anuais para garantir que o processo segue de acordo com os critérios. A certificação é aplicada pela ISCC, uma organização internacional e independente, especializada em sustentabilidade e pegada de carbono, que apoia cadeias de suprimentos sustentáveis, totalmente rastreáveis, livres de desmatamento e favoráveis ao clima.
“Estamos muito satisfeitos em alcançar este importante marco de sustentabilidade para a Basf na América do Sul. A equipe gerenciou com sucesso um trabalho intenso, com a realização de uma série de auditorias, o que permitiu a conquista da certificação de forma eficiente em um curto espaço de tempo”, afirma Marcos Ferreira de Carvalho, vice-presidente do Negócio de Petroquímicos da Basf para América do Sul. Ele explica que “o padrão ISCC Plus permite a venda de diferentes soluções sustentáveis, que vão desde produtos com balanço de biomassa até produtos Ccycled®, sem comprometer a conhecida qualidade da Basf”.
De acordo com informações da empresa, a unidade produtiva da Basf no Polo de Camaçari, bem como as demais localidades na América do Sul, contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU por meio de produtos e soluções ao longo da cadeia de valor e junto com parceiros. As principais contribuições estão nos quesitos: Fome Zero; Igualdade de Gênero; Água potável e saneamento; Trabalho decente e crescimento econômico; Indústria, inovação e infraestrutura; Consumo e produção responsáveis e Ação contra a mudança global do clima. Além disso, em 2023, mais de 700 mil pessoas foram beneficiadas pelas mais de 200 ações de engajamento social realizadas pela Basf na América do Sul. O impacto partiu tanto da rede de parceiros da empresa, como também de seu programa de voluntariado, que conta com cerca de mil colaboradores nos países da região.
Complexo Acrílico da Basf no Polo de Camaçari
O Complexo Acrílico da Basf no Polo de Camaçari foi inaugurado em 2015, sendo o maior investimento da empresa na América do Sul. Para o desenvolvimento da unidade produtiva, foram investidos mais de 500 milhões de euros. Atualmente, a unidade tem capacidade de produção de 320 mil toneladas por ano de produtos como superabsorventes (SAP), ácido acrílico e acrilato de butila, matérias-primas para produtos como fraldas, tintas, tecidos e adesivos e materiais para construção civil. A planta de Camaçari tem foco no mercado brasileiro, mas também exporta para países da América do Sul. O Complexo conta com cerca de 500 colaboradores, somando postos de trabalho diretos e indiretos. Grande parte da mão de obra foi admitida por meio de parceria com o Senai, que também realizou a capacitação dessas pessoas.
FONTE: COFIC
Polo Industrial
BYD Camaçari envia primeira turma de brasileiros para formação na China
As obras de implantação da fábrica da BYD no Polo de Camaçari começaram em março e a companhia já conta com quase 500 pessoas (entre funcionários e terceirizados) trabalhando na unidade, sendo a maioria formada por baianos. A previsão é gerar 10 mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos, quando a fábrica estiver em pleno funcionamento. Atualmente, a BYD está com quase 100 vagas abertas para diversos cargos e acaba de enviar a primeira turma de profissionais brasileiros para intercâmbio de formação na China.
A equipe com 14 profissionais é formada por 12 baianos, um piauiense e um paulista. Os especialistas, engenheiros e líderes das áreas de qualidade, processos, planejamento, logística e armazenamento vão passar três meses de intercâmbio na China para conhecer o funcionamento da cadeia de produção de automóveis na matriz da BYD. Todos foram contratados no começo do ano para a unidade de Camaçari, onde está sendo construída a maior fábrica da BYD fora da Ásia.
“Os treinamentos vão possibilitar a troca de conhecimento entre equipes e processos. Vamos construir aqui na Bahia o que há de mais moderno em tecnologia automotiva, tendo a nossa matriz na China como espelho. Temos hoje colaboradores chineses aprendendo aqui com a gente e agora chegou a vez dos brasileiros irem pra China conhecer a fundo como os projetos nascem e são desenvolvidos por lá. Vamos transformar a Bahia num hub de exportação e temos muito trabalho pela frente”, afirma Alexandre Barbosa, diretor técnico da BYD Auto Camaçari.
Na equipe de intercâmbio está a engenheira de Qualidade Sheina Tura, natural de Irecê, no centro-norte baiano. A profissional tem uma larga experiência em processos de qualidade de fabricação de automóveis e, na BYD Auto Camaçari, será uma das responsáveis pela análise de diagnóstico das peças que compõem o carro para prevenir problemas ou gerar ações corretivas, quando necessárias. “Conhecer o produto BYD num alto nível de detalhe vai ajudar a entender o processo e chegar na raiz de um possível problema, antes mesmo que ele aconteça”, diz ela.
A BYD informa que, durante todo o processo de implantação da fábrica, “outras turmas serão enviadas para intercâmbio na China com o objetivo de aprender sobre alta tecnologia, mas também ensinar sobre o jeito brasileiro de fazer carro. É uma troca de conhecimento enriquecedora para o mercado automotivo do Brasil, e em especial, da Bahia”.
VAGAS ABERTAS
Paralelamente ao intercâmbio, o processo de contratação continua. Atualmente, existem quase 100 vagas abertas na BYD Auto Camaçari para diversos cargos, como Analista de embalagens, Analista de operações, Engenheiro de processos, Engenheiro mecânico, Tradutor mandarim – português, Técnico em automação industrial, Técnico em mecânica e Técnico em soldagem. A lista completa está na página da BYD na Internet: https://bydbrasil.gupy.io/
O complexo BYD Auto no Polo de Camaçari possui uma área total de 4,6 milhões de metros quadrados. Na primeira fase de obras, serão 26 novas instalações entre galpões de produção, pista de testes e outras estruturas. O investimento previsto passou de 3 bilhões para 5,5 bilhões, 83% a mais do que anunciado inicialmente. Até o fim deste ano, os primeiros veículos da BYD começarão a ser montados no complexo. A produção completa dos carros na Bahia deve começar em 2025 e terá capacidade instalada de 150 mil veículos por ano na primeira fase de implantação, podendo chegar a 300 mil veículos numa segunda etapa. Com essa iniciativa, a BYD anuncia que “se consolida cada vez mais no país e reforça o compromisso com a indústria automotiva, o meio-ambiente e o desenvolvimento de novas tecnologias que trarão Camaçari de volta aos competitivos mercados automotivos nacional e internacional”.
FONTE: COFIC
Polo Industrial
Maior BYD do mundo: conhecemos o navio gigante que transporta 7 mil carros
Explorer 1 tem 200 metros de comprimento e levou 27 dias para vir da China até o porto de Suape (PE).
Um novo carregamento de carros da BYD acaba de chegar ao Brasil. Até aí, isso não é novidade, nem notícia. A diferença é que o lote de 5.459 unidades veio da China em um navio da própria empresa. O Explorer 1 foi apresentado em janeiro e é só a primeira de oito embarcações que a empresa vai usar para transportar seus veículos para fora da Ásia.
Dos quase 5,5 mil veículos a bordo, estão Dolphin Mini, Seal e os inéditos Song Pro e King, que chegam ao Brasil nos próximos meses. De acordo com a administração do porto de Suape (PE), essa é a maior operação de chegada de veículos de uma só vez na história do local, inaugurado há 41 anos.
Navios ro-ro são aqueles em que a carga entra e sai rodando — Foto: André Paixão/Autoesporte
Esse, de longe, é o maior BYD do mundo. São 199,9 metros de comprimento, o equivalente a mais de 50 Dolphin Mini enfileirados. A embarcação é do tipo Ro-Ro, sigla em inglês para roll on, roll off — “rolar para dentro, rolar para fora, na tradução livre”. Isso significa que a carga entra e sai usando as próprias rodas.
Na prática, estamos falando de um gigantesco estacionamento flutuante que viaja pelo mundo. No caso da travessia entre o porto de Lianyungang, no norte da China, e Suape, foram 27 dias e uma parada em Singapura. E apesar de ser chinês, o navio viaja com a bandeira da Libéria. O capitão é o búlgaro Nenko Nenkov, que comanda, além do gigantesco navio, uma equipe composta de 23 tripulantes.
Outra curiosidade é que, ao contrário dos outros navios que chegam com carros da BYD, o Explorer 1 é tão grande (são 38 metros de largura) que não consegue atracar nos outros dois portos que a marca chinesa usa para desembarcar seus veículos no Brasil, Vila Velha (ES) e Itapoá (SC).
O Explorer 1 é movido a GNL (gás natural liquefeito). Segundo a BYD, o combustível reduz as emissões de enxofre e óxido de nitrogênio. “Na navegação, nada muda. Só os engenheiros a bordo que percebem a diferença. Não há tanques visíveis. E para acessar o compartimento [tanque de combustível], é preciso remover todos os materiais magnéticos e eletrônicos”, completou Nenkov.
Como os carros são transportados
A maior vantagem dos navios do tipo Ro-Ro é a grande capacidade e a facilidade para embarque e desembarque das cargas. No caso do Explorer 1, são necessários, em média, dois dias para carregar e outros dois dias e meio para descarregar os veículos. Na operação em Suape, a cada hora, 120 carros são retirados por um time de cerca de 50 motoristas.
São 12 deques e cada um deles opera como um grande estacionamento. A capacidade total do navio é de 7 mil veículos, considerando modelos de pequeno porte. Como a remessa da BYD para o Brasil também tem veículos médios, o número total cai.
Para aproveitar ao máximo o espaço, cada carro é estacionado a poucos centímetros um do outro. Em alguns casos, sequer é possível passar entre eles. Para evitar movimentações indesejadas ao longo da viagem, as rodas são presas com cintas fixadas em buracos no chão. Mas e as chaves? Seguem dentro dos carros, que ficam destrancados.
Um dos possíveis problemas de usar um navio Ro-Ro para o transporte de veículos é a dificuldade de enchê-lo de novas mercadorias para a viagem de retorno, o que ajuda a otimizar os custos de cada traslado. No caso do Explorer 1, a volta para a China será feita com ele vazio.
“É mais complexo conseguir cargas para a volta porque ele tem uma configuração única dos deques. A carga não pode ser tão alta, por exemplo”, comentou Leonardo Felippe, gerente de logística da BYD. Segundo Nenkov, o retorno será de dois a três dias mais rápido, exatamente pela ausência de carga.
Navio BYD Explorer 1 é o primeiro comprado pela marca chinesa para transportar carros — Foto: Divulgação
Ainda não há previsão de uma nova viagem do Explorer 1 ao Brasil. Porém, considerando que o país já é um dos maiores mercados da BYD fora da China, é possível que isso aconteça já nos próximos meses.
Auto Esporte
Por André Paixão
01/06/2024 07h31