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domingo, 08 de setembro de 2024

Polo Industrial

Iniciativas de descarbonização da Braskem em Camaçari reduzem emissões de aproximadamente 25 mil toneladas de CO2e em 2023

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Com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa e no aumento da competitividade em seus processos industriais, a Braskem investiu, nos últimos anos, em iniciativas pioneiras voltadas para a descarbonização em suas plantas na Bahia. Em conjunto, as ações implementadas no Polo Industrial de Camaçari possibilitaram uma redução de emissões da ordem de 25 mil toneladas de CO2 equivalente em 2023. As ações se tornaram referência e foram replicadas nas unidades do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e México, promovendo a inovação em toda a operação da companhia.

 

Para alcançar operações mais sustentáveis, a empresa desenvolveu um projeto de digitalização nas plantas de Olefinas, na unidade Q1, Polo Industrial de Camaçari. “Implementamos modelos preditivos para monitoramento do consumo energético em 90% dos fornos de pirólise, em Camaçari. Com a experiência adquirida na Q1, pudemos replicar a iniciativa em outras plantas da Braskem no Brasil e fora do país”, destaca Gabriela Cravo, gerente global de Descarbonização Industrial da Braskem.

 

Gabriela ressalta que os modelos implementados nas outras localidades já chegam a 65% dos fornos de pirólise. Esses equipamentos são responsáveis por 80% do consumo energético de um cracker. “O sistema dos fornos de pirólise é um dos processos industriais que mais consome energia e emite gases de efeito estufa. Portanto, é crucial implementar tecnologias que nos ajudem a tornar esse processo mais sustentável”, ressalta.

 

Com inúmeras ações como essas, a Braskem estima ter reduzido globalmente, por meio do Programa de Descarbonização, a emissão de cerca de 900 mil toneladas de gases de efeito estufa em suas plantas industriais nos últimos três anos. As ações na Bahia representam cerca de 10% desse total. A empresa estabeleceu como metas reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 15% até 2030 e atingir a neutralidade de carbono até 2050.

 

Indústria 4.0 – Uma das principais estratégias adotadas pela Braskem é a utilização do Multivariate Process Analysis (ProMV), um sistema que utiliza modelos matemáticos e estatísticos para otimizar o consumo de energia em tempo real nos fornos de pirólise da unidade de Olefinas. Além disso, a empresa tem promovido a eletrificação de equipamentos, substituindo acionamentos turbinados por motores elétricos mais eficientes.

 

O projeto de digitalização teve início em 2018, em parceria com a AspenPlus, provedora do software utilizado. Desde então, a Braskem tem alcançado resultados significativos, como o aprofundamento do conhecimento do processo pelos operadores, técnicos e engenheiros, além da identificação ágil de correções e oportunidades de melhorias. “Com essa iniciativa, conseguimos construir um mindset preditivo para o acompanhamento do processo, o que nos permite agir de forma proativa na identificação de oportunidades e na busca por soluções mais eficientes”, explica Gabriela.

 

Entre os principais resultados alcançados pelo projeto estão a maior assertividade na interpretação de mudanças operacionais nos fornos, o aprimoramento da qualidade da instrumentação e a criação de rotinas de acompanhamento mais eficazes. “Estamos comprometidos em continuar investindo em iniciativas de descarbonização industrial, utilizando tecnologias de ponta e promovendo a eficiência energética em nossas operações. Isso não apenas contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também aumenta nossa competitividade no mercado”, ressalta Aloísio Azevedo, gerente global de Engenharia de Processos da Braskem.

 

Com os aprendizados sobre o uso do software de análise multivariável obtidos ao longo das iniciativas dos fornos de pirólise, foi possível utilizar a ferramenta digital para identificação de melhorias de eficiência energética em outros processos da companhia, a exemplo dos ciclos de propeno refrigerante e a maximização de margens operacionais e minimização do consumo energético global das unidades.

 

“Desenvolvemos também modelos de otimização da recuperação de hidrocarbonetos no sistema de ventilação da unidade PE 1, em Camaçari, aumentando o reaproveitamento dessas substâncias em nosso processo e evitando seu envio para flare”, explica Gabriela. Ela anuncia, ainda, que está sendo desenvolvido um sistema gêmeo digital (Digital Twin) para redução do consumo energético no processamento da nafta nas unidades de Aromáticos, na Q1.

 

Sobre a Braskem

Orientada para as pessoas e para a sustentabilidade, a Braskem está engajada em contribuir com a cadeia de valor para o fortalecimento da Economia Circular. Os mais de oito mil Integrantes da petroquímica dedicam-se diariamente a melhorar a vida das pessoas por meio de soluções sustentáveis da química e do plástico. A Braskem possui DNA inovador e um completo portfólio de resinas plásticas e produtos químicos para diversos segmentos, como embalagens alimentícias, construção civil, industrial, automotivo, agronegócio, saúde e higiene, entre outros. Com 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha, a companhia exporta seus produtos para Clientes em mais de 70 países.

 

FONTE: AGÊNCIA ATCOM

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Polo Industrial

BYD Camaçari envia primeira turma de brasileiros para formação na China

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Foto: Divulgação

As obras de implantação da fábrica da BYD no Polo de Camaçari começaram em março e a companhia já conta com quase 500 pessoas (entre funcionários e terceirizados) trabalhando na unidade, sendo a maioria formada por baianos. A previsão é gerar 10 mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos, quando a fábrica estiver em pleno funcionamento. Atualmente, a BYD está com quase 100 vagas abertas para diversos cargos e acaba de enviar a primeira turma de profissionais brasileiros para intercâmbio de formação na China.

A equipe com 14 profissionais é formada por 12 baianos, um piauiense e um paulista. Os especialistas, engenheiros e líderes das áreas de qualidade, processos, planejamento, logística e armazenamento vão passar três meses de intercâmbio na China para conhecer o funcionamento da cadeia de produção de automóveis na matriz da BYD. Todos foram contratados no começo do ano para a unidade de Camaçari, onde está sendo construída a maior fábrica da BYD fora da Ásia.

“Os treinamentos vão possibilitar a troca de conhecimento entre equipes e processos. Vamos construir aqui na Bahia o que há de mais moderno em tecnologia automotiva, tendo a nossa matriz na China como espelho. Temos hoje colaboradores chineses aprendendo aqui com a gente e agora chegou a vez dos brasileiros irem pra China conhecer a fundo como os projetos nascem e são desenvolvidos por lá. Vamos transformar a Bahia num hub de exportação e temos muito trabalho pela frente”, afirma Alexandre Barbosa, diretor técnico da BYD Auto Camaçari.

Na equipe de intercâmbio está a engenheira de Qualidade Sheina Tura, natural de Irecê, no centro-norte baiano. A profissional tem uma larga experiência em processos de qualidade de fabricação de automóveis e, na BYD Auto Camaçari, será uma das responsáveis pela análise de diagnóstico das peças que compõem o carro para prevenir problemas ou gerar ações corretivas, quando necessárias. “Conhecer o produto BYD num alto nível de detalhe vai ajudar a entender o processo e chegar na raiz de um possível problema, antes mesmo que ele aconteça”, diz ela.

A BYD informa que, durante todo o processo de implantação da fábrica, “outras turmas serão enviadas para intercâmbio na China com o objetivo de aprender sobre alta tecnologia, mas também ensinar sobre o jeito brasileiro de fazer carro. É uma troca de conhecimento enriquecedora para o mercado automotivo do Brasil, e em especial, da Bahia”.

VAGAS ABERTAS

Paralelamente ao intercâmbio, o processo de contratação continua. Atualmente, existem quase 100 vagas abertas na BYD Auto Camaçari para diversos cargos, como Analista de embalagens, Analista de operações, Engenheiro de processos, Engenheiro mecânico, Tradutor mandarim – português, Técnico em automação industrial, Técnico em mecânica e Técnico em soldagem. A lista completa está na página da BYD na Internet: https://bydbrasil.gupy.io/

O complexo BYD Auto no Polo de Camaçari possui uma área total de 4,6 milhões de metros quadrados. Na primeira fase de obras, serão 26 novas instalações entre galpões de produção, pista de testes e outras estruturas. O investimento previsto passou de 3 bilhões para 5,5 bilhões, 83% a mais do que anunciado inicialmente. Até o fim deste ano, os primeiros veículos da BYD começarão a ser montados no complexo. A produção completa dos carros na Bahia deve começar em 2025 e terá capacidade instalada de 150 mil veículos por ano na primeira fase de implantação, podendo chegar a 300 mil veículos numa segunda etapa. Com essa iniciativa, a BYD anuncia que “se consolida cada vez mais no país e reforça o compromisso com a indústria automotiva, o meio-ambiente e o desenvolvimento de novas tecnologias que trarão Camaçari de volta aos competitivos mercados automotivos nacional e internacional”.

 

FONTE: COFIC

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Polo Industrial

Maior BYD do mundo: conhecemos o navio gigante que transporta 7 mil carros

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Navio BYD Explorer 1 — Foto: Divulgação

Explorer 1 tem 200 metros de comprimento e levou 27 dias para vir da China até o porto de Suape (PE).

 

Um novo carregamento de carros da BYD acaba de chegar ao Brasil. Até aí, isso não é novidade, nem notícia. A diferença é que o lote de 5.459 unidades veio da China em um navio da própria empresa. O Explorer 1 foi apresentado em janeiro e é só a primeira de oito embarcações que a empresa vai usar para transportar seus veículos para fora da Ásia.

 

Dos quase 5,5 mil veículos a bordo, estão Dolphin Mini, Seal e os inéditos Song Pro e King, que chegam ao Brasil nos próximos meses. De acordo com a administração do porto de Suape (PE), essa é a maior operação de chegada de veículos de uma só vez na história do local, inaugurado há 41 anos.

 

Navios ro-ro são aqueles em que a carga entra e sai rodando — Foto: André Paixão/Autoesporte

 

Esse, de longe, é o maior BYD do mundo. São 199,9 metros de comprimento, o equivalente a mais de 50 Dolphin Mini enfileirados. A embarcação é do tipo Ro-Ro, sigla em inglês para roll on, roll off — “rolar para dentro, rolar para fora, na tradução livre”. Isso significa que a carga entra e sai usando as próprias rodas.

Na prática, estamos falando de um gigantesco estacionamento flutuante que viaja pelo mundo. No caso da travessia entre o porto de Lianyungang, no norte da China, e Suape, foram 27 dias e uma parada em Singapura. E apesar de ser chinês, o navio viaja com a bandeira da Libéria. O capitão é o búlgaro Nenko Nenkov, que comanda, além do gigantesco navio, uma equipe composta de 23 tripulantes.

 

Outra curiosidade é que, ao contrário dos outros navios que chegam com carros da BYD, o Explorer 1 é tão grande (são 38 metros de largura) que não consegue atracar nos outros dois portos que a marca chinesa usa para desembarcar seus veículos no Brasil, Vila Velha (ES) e Itapoá (SC).

 

O Explorer 1 é movido a GNL (gás natural liquefeito). Segundo a BYD, o combustível reduz as emissões de enxofre e óxido de nitrogênio. “Na navegação, nada muda. Só os engenheiros a bordo que percebem a diferença. Não há tanques visíveis. E para acessar o compartimento [tanque de combustível], é preciso remover todos os materiais magnéticos e eletrônicos”, completou Nenkov.

Como os carros são transportados

 

A maior vantagem dos navios do tipo Ro-Ro é a grande capacidade e a facilidade para embarque e desembarque das cargas. No caso do Explorer 1, são necessários, em média, dois dias para carregar e outros dois dias e meio para descarregar os veículos. Na operação em Suape, a cada hora, 120 carros são retirados por um time de cerca de 50 motoristas.

São 12 deques e cada um deles opera como um grande estacionamento. A capacidade total do navio é de 7 mil veículos, considerando modelos de pequeno porte. Como a remessa da BYD para o Brasil também tem veículos médios, o número total cai.

Para aproveitar ao máximo o espaço, cada carro é estacionado a poucos centímetros um do outro. Em alguns casos, sequer é possível passar entre eles. Para evitar movimentações indesejadas ao longo da viagem, as rodas são presas com cintas fixadas em buracos no chão. Mas e as chaves? Seguem dentro dos carros, que ficam destrancados.

Um dos possíveis problemas de usar um navio Ro-Ro para o transporte de veículos é a dificuldade de enchê-lo de novas mercadorias para a viagem de retorno, o que ajuda a otimizar os custos de cada traslado. No caso do Explorer 1, a volta para a China será feita com ele vazio.

“É mais complexo conseguir cargas para a volta porque ele tem uma configuração única dos deques. A carga não pode ser tão alta, por exemplo”, comentou Leonardo Felippe, gerente de logística da BYD. Segundo Nenkov, o retorno será de dois a três dias mais rápido, exatamente pela ausência de carga.

Navio BYD Explorer 1 é o primeiro comprado pela marca chinesa para transportar carros — Foto: Divulgação

Ainda não há previsão de uma nova viagem do Explorer 1 ao Brasil. Porém, considerando que o país já é um dos maiores mercados da BYD fora da China, é possível que isso aconteça já nos próximos meses.

Auto Esporte
Por André Paixão
01/06/2024 07h31

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